Familiares de uma mulher internada na Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre afirmam ter encontrado larvas na região do pescoço da paciente, na terça-feira (15). Neide dos Santos, 45 anos, está há mais de um mês no hospital, tratando de complicações relacionadas a um quadro de toxoplasmose, e passou por uma traqueostomia (procedimento feito na garganta, para preservar a respiração).
As filhas da paciente procuraram a Polícia Civil para registrar boletim de ocorrência. À reportagem, o delegado Paulo César Jardim confirmou que o caso será apurado.
— Minha irmã pegou e levantou o pescoço da mãe. Estava cheio de larva, larva caminhando. A gente ficou em estado de choque — disse Jenifer, uma das filhas da paciente.
Em nota, a Santa Casa de Misericórdia afirmou que “lamenta profundamente o ocorrido” e que o episódio foi “um caso isolado, que tão logo identificado, deu início a uma investigação rigorosa para apurar os fatos e identificar as causas do episódio”.
O hospital ainda disse que “se trata de uma presença superficial”, que não causou “qualquer impacto ao quadro clínico”. Ainda de acordo com a nota da Santa Casa, a situação não havia sido percebida no dia anterior, nem na limpeza mais recente da traqueostomia (que, segundo o protocolo, é realizada a cada duas horas) (leia a íntegra da manifestação abaixo).
Neide é moradora de Camaquã, no sul do Estado, e precisou de atendimento por uma suspeita de acidente vascular cerebral (AVC). A paciente foi transferida para o Hospital Santa Clara, do Complexo da Santa Casa de Porto Alegre, no dia 10 de setembro, quando foi diagnosticada com toxoplasmose.
As filhas perceberam as larvas na mãe durante visita na terça-feira. A contaminação estava próxima da área do corpo onde a paciente passou pela traqueostomia.
Uma equipe de médicos e profissionais de saúde foi até o quarto, para verificar o ocorrido. De acordo com Jenifer, um médico tentou acalmar as filhas de Neide, que foi levada para tomar banho.
Nesta quarta-feira (16), a família foi chamada pelo hospital, que teria explicado o ocorrido e se comprometido a monitorar a situação.
Fonte: GZH
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