O Brasil voltou a conquistar a Copa do Mundo de Futsal após 12 anos. Neste domingo (6), o time comandado por Marquinhos Xavier venceu a final contra a Argentina por 2 a 1, com gols de Ferrão e Rafa Santos e o goleiro Willian como o herói da defesa.
A 10ª edição do Mundial organizado pela Fifa teve o sexto título brasileiro somando-se às taças de 1989, 1992, 1996, 2008 e 2012.
No quinteto inicial, a seleção brasileira teve Willian, Marlon, Marcel, Dyego e Rafa Santos. O camisa 10, Pito, estava descontado por conta da lesão na coxa direita, que o tirou dos três jogos anteriores. Contudo, o craque entrou ainda no decorrer na primeira etapa da final.
Na arrancada do confronto, um dos chutes mais perigosos foi do gaúcho Marlon. A bola tirou tinta da trave esquerda. Pouco depois, a finalização de Bolo Alemany parou em Willian. Em jogo de ataques alternados até então, Neguinho também tentou, mas Sarmiento afastou o que seria o primeiro gol da partida.
Quem abriu o placar foi Ferrão, aos cinco minutos. Em cobrança de falta de Marcênio, o camisa 11 apareceu na segunda trave para aproveitar o passe rasante e fazer o 1 a 0.
A resposta foi imediata. Alan Brandi teve espaço na frente da área e disparou. Willian salvou o Brasil em defesa que teve o peso de um gol.
O coração dos brasileiros parou por alguns instantes por volta dos 12 minutos. Matias Lucuix acionou o Vídeo Suporte (VS) para pedir a expulsão de Pito após dividida em que o pivô acertou as pernas de Claudino. A arbitragem entendeu de forma diferente e aplicou apenas o cartão amarelo.
A intensidade da seleção brasileira caiu após o primeiro gol. A Argentina, por sua vez, não foi eficiente e coube ao Brasil ampliar. Felipe Valério chutou, e Rafa Santos se deslocou atrás de Borruto para marcar, aos 12.
No ataque, a seleção de Marquinhos Xavier se resolveu com dois gols de pivôs. Atrás, uma parede chamada Willian se colocou entre as traves para dizer “aqui, não”. O goleiro defendeu com as mãos, com os pés, no alto e por baixo, em chutes de perto, como o de Borruto, e de longe, como na bomba de Gauna. Nada entrou.
Na segunda etapa, a defesa brasileira foi exigida como poucas vezes ocorreu nesta Copa do Mundo. Matias Rosa ameaçou de letra, a menos de um metro de Willian. Milagroso, o goleiro pegou.
Pito voltou elétrico e chutou duas vezes da intermediária, mas não balançou as redes. Além das dificuldades naturais da decisão, Marquinhos Xavier precisou lidar com as dores dos atletas.
Com a dificuldade de manter as formações com pivôs, já que Pito jogava no sacrifício e Ferrão sentiu logo após o gol, o técnico também lançou mão de esquemas “4-0”, sem o atleta de referência. Felipe Valério, bastante utilizado nessas ocasiões, torceu o tornozelo aos seis minutos do segundo tempo.
Aos 10 minutos, Willian estreou uma nova maneira de defender: com os olhos. Matias Rosa chutou para fora, com o gol aberto, em bola que chegou desviada de forma providencial por Marlon. A sorte dos campeões, ficou claro, estava ao lado do Brasil.
O Brasil também contou com a sorte aos seis. O goleiro linha Gauna não conseguiu cabecear a bola que cruzou na frente das traves.
Os últimos cinco minutos foram de ataque contra defesa. Com cinco faltas contra — a sexta resultaria tiro livre para os adversários — o final esteve longe de ser tranquilo. A Argentina descontou com Matias Rosa, faltando dois minutos para o final.
Em bloco ajustado à frente da área, a seleção brasileira segurou o resultado e garantiu a revanche da eliminação na semifinal em 2021. Os 14 homens de verde, amarelo e azul mostraram que quando o assunto é futsal, não há clássico que tire a soberania do Brasil.
Willian, Marlon, Marcel, Dyego e Rafa Santos; Guitta, Roncaglio, Neguinho, Marcênio, Leandro Lino, Pito, Ferrão, Arthur e Felipe Valério. Técnico: Marquinhos Xavier.
Sarmiento, Taborda, Claudino, Kevin Arrieta e Alan Brandi; Lucas Tripodi, Bolo Alemany, Agustin Plaza, Sebastian Corso, Matias Rosa, Luciano Gauna, Cristian Borruto, Constantino Vaporaki, Nicolas Kravstzky. Técnico: Matias Lucuix.
Gols: Ferrão e Rafa Santos para o Brasil e Matias Rosa para a Argentina
Cartões amarelos: Agustin Plaza, Pito, Bolo Alemany, Nicolas Kravetzky, Rafa Santos, Pablo Taborda, Luciano Gauna
Arbitragem: Alejandro Martinez (ESP), Juan Cordero (ESP) e Nikola Jelic (CRO)
Local: Humo Arena, em Tashkent, no Uzbequistão
Fonte: GZH
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