Jesuítas sepultados nas Missões inspiram livro de autor gaúcho

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A informação de que três jesuítas espanhóis estariam sepultados na Igreja de São Miguel Arcanjo, inspirou o pesquisador José Roberto de Oliveira a escrever em novo livro onde, além de processos históricos, fala da espiritualidade marcada, entre outros, pelo Santuário de Caaró, construído em homenagem aos sacerdotes Roque González de Santa Cruz, Afonso Rodrigues e Juan del Castillo, martirizados em 1628. A experiência nas Missões foi uma das mais importantes para a história da humanidade, afirma.

As Missões Jesuítico-Guaranis têm “um exemplo magnífico de fraternidade, amor, carinho, sustentabilidade” para fornecer à humanidade.

Partindo dessa certeza, o escritor e pesquisador José Roberto de Oliveira* se dedica com paixão em trazer ao presente a “experiência missioneira” de quase 200 anos de duração, enaltecida como “a grande utopia” por escritores como Voltaire, Charles Montesquieu, Ludovico Antonio Muratori, Charlevau.

Local de sepultamento de três jesuítas inspira novo livro

Em contato com a obra Misiones y sus pueblos guaraníes, de autoria do Pe. Guillermo Furlong SJ (788 páginas, reeditado em 1962 em Buenos Aires), José Roberto soube que três jesuítas espanhóis haviam sido sepultados na Igreja de São Miguel Arcanjo: José Castro (+1721), Tomás García (+1762) e Francisco Ribera (+1747), este último considerado o grande construtor da igreja e do conjunto arquitetônico de São Miguel, onde viveu por 45 anos. E precisamente essas informações, motivaram o pesquisador santo-angelense a escrever um novo livro:

Encontrar os nomes e a localização onde estão esses três jesuítas são informações para nosso mundo cristão e também para o mundo dos jesuítas. Reencontrar ou encontrar explicações para onde estão os que iniciaram esse processo todo de cristianização aqui no sul da América é muito importante e valorizá-los também, pois afinal de contas, foram aqueles que construíram o processo inicial de cristianização na região sul do continente americano.

O que se sabe, é que nos anos 1928/1930, foi constatada a existência de estruturas no solo da nave central da igreja, que vieram a ser mais tarde aterradas. “Agora – explica José Roberto ao Vatican News – casa perfeitamente as informações da comunidade daquele período com as escritas que mostram efetivamente os três sacerdotes que estão lá”.

Fonte: Vatican News