Desde o final de janeiro e início de fevereiro, a região vivia dias com olhares voltados ao céu. Os dias quentes e secos causaram preocupação para os produtores rurais em diferentes ramos da agricultura. É o caso de quem fez o plantio da soja. Em geral, o clima esteve colaborando com o desenvolvimento, porém, os vários dias sem chuva, ou de chuva irregular, trouxe preocupação, como você viu na edição da semana passada.
Agora, com o bom índice pluviométrico da última segunda e terça-feira, ficando na média de 80mm na área de atuação da Cooperoque, o ânimo voltou ao campo, diminuindo as perdas na lavoura que seriam ainda maiores caso não chovesse.
Segundo a Cooperoque, a terça-feira, 13 de fevereiro, marcou o fim de um ciclo de vários dias sem chuvas consideráveis. Em sua área de abrangência, são notadas perdas se comparado ao que seria o máximo potencial das lavouras, porém, os bons volumes na região reacenderam a expectativa por uma boa produtividade.
A crise hídrica afetou de forma diferente cada área, levando em conta fatores como tipo de solo, manejo, variedades e estágio da planta. As plantas que passavam pela floração nestes últimos dias devem ser as mais afetadas, o que não é regra – por conta das chuvas isoladas que atingiram algumas áreas.
Segundo a RTC/CCGL, a chuva que aconteceu no início da semana veio em um momento crucial. As estimativas eram de perdas na ordem de 0,5 tonelada diária na produção no Rio Grande do Sul, caso a precipitação não tivesse acontecido.
FERRUGEM
Com o aumento dos intervalos de aplicação decorrentes do período de estiagem e do posterior clima úmido e com temperaturas mais baixas, o monitoramento do Departamento Técnico da Cooperoque está observando considerável aumento na incidência de Ferrugem nas lavouras de soja.
A infecção, desenvolvimento e esporulação da ferrugem asiática nas plantas ocasiona prejuízos à cultura, portanto é necessário que o agricultor esteja em monitoramento constante da sua área e procure o seu consultor técnico para a tomada de decisão assertiva com vistas ao combate da doença.
PERDAS NA LAVOURA
Em São Paulo das Missões, segundo a Emater, a estimativa de perda alcança em torno de 20%. A área de plantio que foi projetada no Município é de 3.800 hectares, com 10% da área em estágio vegetativo, 35% em floração, 53% em enchimento de grão e cerca de 2% da área que já foi colhida.
A perspectiva inicial era de uma produtividade de 3.300kg/ha, ou seja, 55 sacas por hectare. ‘‘ Devido às fortes chuvas, granizo de novembro e seca que pendurou por cerca de 4 semanas, a produtividade diminuiu em 20% totalizado 2640KG/ha, ou 44 sacas por hectare’’, disse Júnior Kessler, Chefe do Escritório.
Após a chuva do início da semana, os agricultores seguem com os cuidados na lavoura, mediante o controle de ervas daninhas e aplicação de fungicidas com foco no controle da ferrugem.
MUNICÍPIO NOS MUNICÍPIOS DA REIGÃO:
Roque Gonzales – média entre 70 e 80mm
São Paulo das Missões – entre 100 e 130mm
São Pedro do Butiá: entre 55 e 90mm
Cerro Largo: média 61,98mm (dados da UFFS)
Guarani das Missões – 88mm (na Emater)
Sete de Setembro- entre 40 e 50mm
Salvador das Missões – entre 15 e 65mm
55 9 9127-4858
55 9 9110-7516
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