À noite, todos estão cansados do dia intenso e corrido. É hora de convidar a criança para ir dormir. Muito calma, a pessoa diz: “É hora de dormir”. O primeiro impulso da criança é dizer não. “Não quero dormir, quero brincar”.
Agora, há dois possíveis caminhos a seguir. No primeiro cenário, altamente não recomendado: a pessoa a obriga a ir para a cama, faz a criança chorar, é tarde e terá que lidar com um ataque de birra porque a criança se recusa a ir dormir. Estressa todos da casa por uma atitude mal pensada.
A pessoa, sendo o adulto e percebendo que é hora de ir dormir, precisa tomar uma atitude eficaz sem causar tanto alvoroço. Então, ela se lembra de não entrar numa disputa de poder, dando escolhas limitadas.
No segundo cenário, que foi o escolhido: a pessoa respira fundo, conta até quanto for preciso para controlar o impulso de simplesmente arrastar a criança até a cama. Firme e gentil, abaixa na altura dela, olhando nos olhos pergunta: “É hora de ir para a cama, você quer ir no colo ou caminhando?”.
Ao quebrar o raciocínio da criança, ela não tem a opção de dizer não, não precisa entrar numa luta por poder, pois tem opções. A pessoa foi respeitosa com a criança, ao ser gentil, e respeitosa consigo mesma, ao ser firme. Dar opções adequadas e limitadas para a criança evita que ela entre numa disputa de poder. Isso proporciona à criança a sensação de controle e autonomia sobre suas escolhas, fazendo-a se sentir mais envolvida no processo de decisão. Fortalece o relacionamento, pois demonstra respeito pelos desejos e opiniões da criança.
Escolhas Limitadas é uma ferramenta maravilhosa da Disciplina Positiva, abordagem que ajuda a desenvolver o social e emocional, com foco na solução de problemas, criada pela Dra. Jane Nelsen.
Texto: Luiza da Silva – Educadora Parental
