Oscilações sempre existiram, porém, os preços baixos comercializados por um longo período estão desfavorecendo a permanência no campo. A família Birk, da Santa Fé Norte, Cerro Largo, possuem 34 vacas em lactação. Por dia, a propriedade do casal Márcia e José, junto com o filho Geovane, produzem cerca de 350 litros ao dia. Normalmente, na época de safra, principalmente no inverno, a quantia chega a quase 600 litros/dia. No último mês, o preço atingiu R$1,80. ‘‘Já chegamos a receber R$3,40’’, disse o casal em entrevista.
Dos três filhos do casal, um continua na atividade. Para Geovane, se a situação continuar assim, pode ser que, posteriormente, não se dê sequência à atividade leiteira. ‘‘Por enquanto vamos seguindo, mas se continuar o preço ruim por muito tempo, não vai dar pra continuar’’, contou.
O preço baixo não está cobrindo o custo da produção. A seca dos últimos dois anos também comprometeu o rendimento da safra de milho e da soja.
A principal alimentação dos animais é a pastagem. A família também possui áreas de milho para silagem. A complementação é com a ração. O filho que continua na atividade enaltece que o quilo da ração é mais caro do que o litro de leite, o que inviabiliza o seu uso. ‘‘Estamos estudando diminuir o fornecimento da ração, mas com isso cai a produção’’, disse.
A expectativa e torcida dos produtores de Cerro Largo e da região é que o preço volte a reagir. Com isso, a família Birk acredita que seja possível produzir com qualidade e com viabilidade.
Fonte: Jornal Gazeta Integração
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