As primeiras áreas plantadas de trigo na região estão entrando na época de amadurecimento do grão. Essa é a realidade na maioria das áreas, cujo plantio foi efetuado ainda no mês de maio.
Segundo Márcia Stracke, do Departamento Técnico da Cooperoque, os volumes de chuva das últimas semanas trouxeram preocupação ao campo. ‘‘Tivemos vários relatos de incidência de doenças, principalmente giberela e brusone’’, contou em entrevista ao Jornal Gazeta Integração.
O trigo é um dos principais cereais implantados como cultura de inverno no Rio Grande do Sul, o seu desenvolvimento e produtividade dependem intrinsicamente da época de plantio, condições climáticas e manejos realizados durante todo seu ciclo, já que o mesmo é considerado sensível às variações de temperatura e umidade. A Giberela e a Brusone são doenças provocadas por fungos que acometem as espigas de trigo quando em clima quente e úmido, interferindo diretamente na produtividade final.
Giberela: ataca os grãos de forma isolada tornando-os chochos e enrugados. É identificada quando as espiguetas estão com coloração esbranquiçada ou cor-de-palha e as suas aristas acabam tendo seu sentido modificado quando comparadas as de uma espigueta sadia.
Já a Brusone pode ocasionar a perda de todo a espiga. Ataca a ráquis da planta e com isso impede a passagem de fotoassimilados para o enchimento de grãos. A espiga também fica de cor esbranquiçada o que se torna bem visível na lavoura, já que as espigas sadias se apresentam esverdeadas
Segundo o Departamento Técnico da Cooperoque, é possível adotar algumas medidas para evitar o desenvolvimento das doenças. ‘‘Pode-se usar cultivares com mais resistência à doença; manejo com rotação de cultura, alternância de época e escalonamento da semeadura, bem como controle químico pela aplicação de fungicidas’’, disse ao mencionar que as perdas com as doenças no trigo após as últimas chuvas chega a 20%.
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