Durante as programações da Semana Farroupilha, o diretor do Gazeta, Edson Santos, fez uma entrevista exclusiva com Tomé Munchen, um dos grandes expoentes da música na região nos últimos anos.
Tomé começou a cantar aos quatro anos, acompanhando o pai Vicente Munchen, e o seu irmão
Tiago. Atualmente, seu outro irmão, Tobias, também é companheiro de palco. Anos mais tarde, integrou diferentes bandas de baile, como Estado Livre de Cero Largo, Vozes do Sul de Ubiretama, Meninos do Brasil, Top 10, Rota Luminosa, Pagode Toque de Lera, Portal New, Movimentos, Calmon e Terceira Dimensão. “O baile é uma escola. Foram muitos anos em bandas de bailão, bandas gaúchas e bandas que tocavam baile de clube, ao estilo do que o Itamone faz hoje”, observou Tomé.
NATIVISTA
Depois que parou de tocar em bandas de baile, a última foi o Terceira Dimensão, Tomé foi um dos
responsáveis pela remontagem da banda de rock Tio Phill, junto com Gean Santos e Maguila Becker,
em Cerro Largo. Quase ao mesmo tempo, ele passou a integrar o grupo nativista de Emerson
Gotardo, ao lado do irmão Tiago.
“Foi um período muito bom, seis anos, tocamos até na Europa, em seis países diferentes, no
Paraguai, na Argentina, em todos os estados do Sul. Quando criança eu ouvia muito a música
nativista, lembro do Canto dos Livres, do Cenair Maicá. Com o grupo do Emerson, tive a
oportunidade de aperfeiçoar esse lado nativista”.
ATOR
Também na época em que trabalhou com Emerson Gotardo, surgiu a oportunidade de atuar como
ator, no filme Contrabando. “Foi uma experiência fantástica, a gente descobriu a maneira de fazer
filme. Fizemos as trilhas originais do filme, criamos músicas para o filme, foi um trabalho de meses,
experiência impagável, estamos loucos pelo próximo”, disse.
ROCK
Tomé é um dos poucos artistas que consegue conciliar o talento em músicas nativistas e gauchescas, com uma incrível pegada no rock e um talento único com a guitarra. Ele conta que na época da infância, enquanto na família se ouvia música nativista e gaúcha, foi inevitável acompanhar o fenômeno Mamonas Assassinas. “Quem não gostava de rock, passou a gostar”.
O desenvolvimento veio ao natural. “Aprendi os primeiros acordes com meu pai e meu irmão, mas tive como instrutor de violão o Chiquinho Rangel e as principais indicações com a guitarra, com o meu primo Daian, do Indústria Musical”. Depois, com o passar dos anos, “Os bailes foram a melhor escola, em todos os estilos musicais”.
“Hoje consigo misturar esses dois gêneros, que muitos acham que são inimigos, mas não são, pelo contrário, tem muito em comum. Com a música, tentamos trazer para as pessoas esses universos maravilhosos, que são o rock e a música nativista”.
Fonte/foto: Jornal Gazeta Integração
55 9 9127-4858
55 9 9110-7516
gazetain@yahoo.com.br
Busque no site