Importância do Cooperativismo para o desenvolvimento foi pauta no Papo de Empreendedor da ACI Cerro Largo

Importância do Cooperativismo para o desenvolvimento foi pauta no Papo de Empreendedor da ACI Cerro Largo
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Joelmir Gustavo Winck (Diretor de Negócios da Sicredi União RS/ES) e Miguel Angelo Moscon ( Presidente da Cresol Missões Fronteira RS) foram os convidados do Papo Empreendedor da ACI Cerro Largo, edição especial do mês do cooperativismo. O evento estava programado para acontecer em julho. Porém, teve que ser adiado e foi realizado na noite da última terça-feira, primeiro de agosto.

ENTENDENDO O TERMO COOPERAR
Um dos primeiros assuntos debatidos no evento foi a explicação do que é cooperativismo e a importância de não apenas disseminar o termo, mas levar ao conhecimento das pessoas o entendimento sobre o seu funcionamento. Os palestrantes explicaram o contexto de inserção das cooperativas, enfatizando que o cooperativismo se preocupa com o desenvolvimento sustentável e busca uma sociedade mais justa e com melhores oportunidades para todos. Desse modo, optar pelo cooperativismo é trazer vantagens para toda a sociedade.

Na oportunidade, o  Presidente da Cresol Fronteira Missões RS questionou sobre o que aconteceria se as cooperativas fossem retiradas da sua área de atuação. ‘‘O que sobra dos nossos Municípios se as cooperativas não existissem? O que se percebe é que os Municípios do RS são pujantes e muito se deve ao cooperativismo’’, evidenciou Miguel.

Uma das cobranças do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social é difundir o cooperativismo para os estados do Nordeste do País. Nesse sentido, segundo o Diretor de Negócios da Sicredi União RS/ES, os pilares do cooperativismo ajudam a desenvolver a região. ‘‘Esse modelo de negócio faz com que 50% dos recursos captados voltem ao cooperado, sendo ele beneficiado conforme as suas movimentações financeiras. A inserção no Nordeste é uma oportunidade para tornarmos o cooperativismo ainda mais conhecido e compreendido, além de ser uma oportunidade para gerar desenvolvimento social’’, disse Joelmir.

PILARES DO COOPERATIVISMO
Joelmir e Miguel também enalteceram alguns pilares do cooperativismo que são indispensáveis. ‘‘A primeira fortaleza é o associado. Em segundo vem os colaboradores. Não se consegue fazer nada sem ambos’’, disse o Presidente da Cresol Fronteiro Noroeste RS.

Joelmir enalteceu a importância de estar conectado. Segundo ele, a sociedade nasceu para estar junta. ‘‘Essa colaboração na sociedade produz resultados. Podemos dizer que a cooperativismo está no eixo central entre o capitalismo e o socialismo, buscando trazer justiça social, econômica, educacional, promovendo a inclusão’’, salientou o Diretor de Negócios do Sicredi ao enaltecer que as cooperativas assumem um importante papel com voluntários e associações em cada Município que atuam.

DESAFIOS E OBJETIVOS
Um dos grandes objetivos, é converter os desafios em possibilidades. Joelmir enaltece que um terço da população brasileira está com nome no Serviço de Proteção ao Crédito-SPC e Serasa. ‘‘São cerca de 70 milhões de pessoas nessa situação. Essa tensão financeira causa outros problemas. É nossa função como cooperativa cuidar do zelo financeiro das pessoas, gerando prosperidade não apenas financeira, mas pessoal também, o que ajuda no desenvolvimento da sociedade’’, explicou.

Miguel, reforçou a necessidade do sistema cooperativo ganhar mais amplitude. Além disso, ele citou a pandemia trouxe um novo desafio. ‘‘Nesse período, tivemos que reaprender as coisas. Não podíamos ter um contato direto com o associado. Aquele aperto de mão não foi mais possível’’, comentou.

TECNOLOGIA
Com várias tecnologias surgindo, é necessário se reinventar e se adaptar. Os representantes das duas cooperativas de crédito enalteceram que esse é um desafio. ‘‘Temos que chamar a atenção das pessoas e dos jovens. A tecnologia requer que façamos isso’’, disse o representante da Cresol.

Joelmir complementou afirmando como a tecnologia é usada a favor das cooperativas para engajar os associados. ‘‘Utilizamos a inteligência de dados para compor o negócio. Todas as pessoas deixam ‘rastros’, por exemplo, nas redes sociais e em pesquisas nos buscadores. Isso nos permite saber o que o associado está em busca’’, disse.

PERSPECTIVAS
Ao serem questionados sobre as perspectivas para o futuro, Miguel enaltece que são as melhores possíveis. ‘‘Vai depender de como vamos atuar. Vamos ter que aprender muito para nos tornar atrativos para essa nova geração’’, destacou.

O Diretor de Negócios da Sicredi complementou afirmando a necessidade de apostar em inovações para perpetuar o cooperativismo. ‘‘Ele é o principal motor da economia do País. Quando tivermos 600 a 700 milhões de pessoas ligadas à alguma cooperativa, podemos dizer que o Brasil poderá estar no primeiro mundo’’, disse ao complementar que os alicerces do cooperativismo trazem evolução ao País.

Fonte: Jornal Gazeta Integração