Ser agricultor e motorista é um desafio constante. No caso do produtor rural, um dos maiores impecílios é a sucessão. Está cada vez mais difícil encontrar jovens que almejam seguir no campo.
Nas matérias produzidas no caderno especial desta edição, em alusão ao Colono e Motorista, alguns exemplos práticos mostram que é possível viver e se sustentar no interior. É o caso da família Garcia, da Taquarussu, em Cerro Largo. O casal Valdir e Marsane conta com a ajuda de dois filhos que decidiram seguir na atividade dos pais. Gustavo, de 26 anos, é Técnico em Agropecuária e Agrônomo formado pela UFFS; o irmão mais novo, William, de 16 anos, realiza o Técnico na Escola Guaramano e também pretende seguir trabalhando no campo.
Em outra matéria que realizei nos últimos dias, pude conhecer a família Dill, da Atolosa, também em Cerro Largo. O casal Edilson e Luciane contam com a ajuda do filho Dionatan. Com apenas 13 anos, ele ajuda nas tarefas diárias. A sua preferência no trabalho no interior é pela plantação, onde pode manusear equipamentos e maquinários agrícolas.
A falta de sucessão no campo, traz preocupação. A principal: haverá alimentos suficientes no mundo daqui há alguns anos? Ao olhar para o entorno, produtores se questionam sobre como será o futuro. É provável que as pequenas propriedades restantes sejam adquiridas por grandes proprietários de terra. Se isso acontecer, existe a possibilidade de que as produções da agricultura familiar possam se tornar cada vez mais escassas, dando lugar às grandes áreas de grãos.
Além disso, quem vive no campo enfrenta outro dilema: a mão de obra. Ela está cada vez mais escassa, o que também pode comprometer o desenvolvimento do setor mais para frente.
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