iniciou a semeadura do trigo na região Noroeste. Na área de abrangência da Cooperoque, a estimativa é de que 17 mil hectares sejam preenchidos pela cultura.
Segundo Márcia Suzana Stracke, Engenheira Agrônoma e Coordenadora do Departamento Técnico da Cooperoque, cerca de 20% da área já foi implementada. As restantes estão em fase de pré-plantio, principalmente no que se refere ao controle do azevém. Segundo ela, a quantia demandada para a cultura permaneceu inalterada com relação ao ano passado.
Até o momento, o clima tem colaborado para o plantio. ”Estamos em um excelente período para realizar a semeadura, bem como para realizar os manejos e controle de plantas invasoras”, disse em entrevista.
PREOCUPAÇÃO NO CAMPO
Ainda é cedo para estipular como a cultura se comportará e qual será a sua rentabilidade. Porém, para quem vive no campo, os prognósticos não muito animadores, principalmente levando em conta a perspectiva do clima.
A família Lunkes, de Salvador das Missões, iniciou o plantio do trigo na semana passada. Guido e o Irmão Luiz, juntamente com Marcos Lunkes irão semear área de 60 a 70 hectares de trigo. Desse total, 40% já foi semeada nos últimos dias.
A área é considerada menor do que a do ano passado em decorrência da ampliação da área de milho. Anteriormente o trigo e a soja eram as principais culturas. ”Com o incremento do milho, pudemos quebrar o ciclo de doenças, fazendo a aplicação de outros defensivos agrícolas, evitando a resistência de pragas e plantas daninhas que acabaram ficando resistentes com a utilização sempre do mesmo método” disse o produtor Guido.
Os produtores também enalteceram que até então, o clima tem contribuído para a semeadura. Um dos problemas principais e que pode afetar o desenvolvimento e a rentabilidade da cultura é o fator climático. Segundo a família Lunkes, a previsão do tempo indica grandes chances de altos volumes de chuva no final do inverno e início da primavera. ”É nesse período, mais próximo da colheita, que grande quantidade de chuva pode comprometer a produção. O trigo gosta de tempo mais seco”, contou Marcos.
O investimento na cultura segue como nos anos anteriores. O problema é a lucratividade necessária para que o produtor possa suprir todos os gastos da lavoura. Segundo Luiz, embora os insumos utilizados tenham diminuído de preço, as sementes e peças de maquinários, por exemplo, continuam altas dificultando a rentabilidade de quem vive no campo.
Outro aspecto que conta pontos nesse processo é a valorização do produto. A família lembra que no ano passado, embora a safra tenha sido excelente, alcançando mais de 60 sacas por hectare, o valor para comercialização não esteve satisfatório para compensar todo o investimento na cultura.
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