”Estamos trabalhando para tornar a empresa mais ágil e em condições de acompanhar este novo mercado”, diz Diretor da IBL

''Estamos trabalhando para tornar a empresa mais ágil e em condições de acompanhar este novo mercado'', diz Diretor da IBL
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Renan Busse assumiu a direção da IBL em 2019, diante de muitos desafios, sendo o principal deles dar
continuidade ao legado deixado pelo seu avô, Heinz, que foi o fundador da empresa, e o seu pai, Roberto, que comandou os trabalhos por muitos anos e conquistou muitos admiradores, dentro da
empresa e na comunidade.

“Pulei muitas etapas, que deveria ter passado dentro da empresa, até chegar à direção. Mas isso também fez com que fosse ‘criando casca’ e aprendendo na prática, isso era necessário naquele momento”.

Renan explica que, “ser diretor exige uma qualificação constante, o mundo está em evolução o tempo inteiro, precisamos entender a parte técnica de uma indústria, mas também gerir o ser humano, que é muito difícil. O meu pai era muito técnico, ele era engenheiro mecânico e participava de todos os processos dentro da empresa, desde a criação de uma máquina, a execução, até ela ficar pronta. Foi a principal lacuna que ficou, após sua perda. Nosso desafio é preencher esta lacuna e também enfrentar as evoluções de mercado, que são constantes hoje em dia”.

Atualmente a IBL está trabalhando na área de Pesquisa e Desenvolvimento, com muitos investimentos na criação de novas linhas de produtos. A empresa está investindo em engenharia, pesquisa de mercado e protótipos, vem muita coisa boa, a partir de 2024. É um processo que exige tempo, não adianta acelerar”, destacou Renan.

REESTRUTURAÇÃO DAS FÁBRICAS
Atualmente, a IBL trabalha com duas fábricas, uma no centro da cidade, e outra na Área Industrial, no
Bairro Brasília. “Um dos próximos desafios é a parte da estruturação das duas fábricas, precisamos organizar todo esse processo fabril”. Na fábrica do centro ocorrem os processos iniciais de corte, dobra,
usinagem e solda, com máquinas de alta definição. A montagem, finalização e acabamento das máquinas são trabalhos feitos na filial, localizada na Área Industrial.

“Estamos com projetos em planta visando a unificação das fábricas, trata-se de um investimento alto.
Acreditamos que em período de três a quatro anos poderemos estar com todo o parque fabril unificado”, explicou. Ele justifica a necessidade de levar toda a produção para a Área Industrial, ao lembrar que “a fábrica IBL surgiu quase que antes da cidade, que cresceu e deixou a fábrica no meio,  por isso essa mudança tornou-se necessária”.

EFEITOS DA SECA
Renan observa que todo o setor de máquinas e implementos agrícolas sentiu os efeitos da estiagem, que ocorreu dois anos seguidos no Rio Grande do Sul. “Sentimos, principalmente pelo fato da grande  maioria dos nossos clientes estarem localizados na região Sul do Brasil. Mas isso também nos motivou a
abrirmos novos mercados em Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e até mesmo no
Nordeste do Brasil. Hoje temos máquina da IBL trabalhando em propriedades rurais na Paraíba”, destacou.

Segundo Renan, a diversificação de clientes foi um dos grandes avanços da IBL nos últimos anos. Enfatizou que o maior cliente continua sendo a Coamo Agroindustrial Cooperativa, cuja sede é em Campo Mourão, no Paraná, onde conta com mais de 80 unidades.

POLÍTICA
Outro fator que afetou bastante o agro foi a questão política, principalmente no ano passado. Muitos clientes frearam os investimentos e a venda caiu bastante. O Plano Safra não foi suficiente para atender a demanda e o agricultor não está preparado para trabalhar com juros altos. Com isso, está repensando
como investir”, disse Renan.

“A inflação subiu muito e o custo das máquinas e equipamentos também. A disponibilidade de crédito não acompanha, reduziu a disponibilidade de recursos financeiros nos bancos. Aliado a isso, a queda no
valor dos grãos acabou segurando a venda dos produtos, muitos agricultores estão
deixando sua produção nos armazéns e isso acaba freando a compra de equipa-mentos”.

Diante deste cenário e apesar dos seus 50 anos, a IBL está se esforçando para se adaptar a novas realidades de mercado, “estamos trabalhando para tornar a empresa mais ágil e em condições de
acompanhar este novo mercado”.

Fonte e foto: Jornal Gazeta