Com dois meses de campanha de imunização contra a covid-19 com a vacina bivalente, o Rio Grande do Sul apresenta percentual de cobertura abaixo do esperado. Apenas 13,5% do público-alvo está imunizado com essa dose no Estado, de acordo com dados do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual da Saúde (SES).
Segundo Tani Ranieri, diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), não se sabe a razão para as pessoas não estarem procurando a vacina bivalente, capaz de proteger contra a cepa original do coronavírus e também contra a Ômicron, predominante no mundo atualmente. Mentiras que procuram descredibilizar o imunizante e até o clima de segurança em relação à pandemia podem fomentar o desinteresse.
— A procura está muito abaixo do esperado. A gente sabe que a população não está aderindo à bivalente, nem mesmo à monovalente. Não temos como avaliar os motivos pelos quais as pessoas não estão aderindo. Talvez por estarmos vacinando somente grupos prioritários, as pessoas acham que não precisam tomar esse reforço. Também existe muita desinformação nas redes sociais que pode estar colocando o povo em apreensão. A bivalente é segura e eficaz. Foram desenvolvidos estudos clínicos que têm mostrado isso. Mas, infelizmente, a população só vai atrás quando há ameaça maior de risco — lamenta a epidemiologista.
A campanha com a bivalente teve início no Rio Grande do Sul no dia 14 de fevereiro. De lá para cá, foram aplicadas 561.868 doses, de acordo com o vacinômetro do Ministério da Saúde, atualizado na madrugada de terça-feira (11).
Segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde (SES), o público-alvo no Rio Grande do Sul é de 4.153.481, incluindo as pessoas com comorbidades, o grupo mais recente inserido entre os prioritários. O percentual de cobertura vacinal é de 13,5%. Em Porto Alegre, foram aplicadas 126.056 doses e o público-alvo é de 663.979, com o percentual de cobertura vacinal em 18,9%.
Fonte: GZh
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