Segundo Manoela Tazdiora, Médica Veterinária da Emater de Cerro Largo, todos os anos, a Emater/RS-Ascar realiza uma pesquisa, junto aos agricultores, sobre a expectativa de comercialização de peixes durante a Semana santa. Neste ano a comercialização tende a ser menor que em anos anteriores em função da estiagem que vem ocorrendo na região.
‘‘Este cenário de escassez de chuva e altas temperaturas deixou os açudes com os níveis mais baixos, provocando também alterações na qualidade desta água, prejudicando o desenvolvimento dos peixes. A baixa taxa de renovação de água diminuiu os níveis de oxigênio e aumentou os de amônia, trouxe problemas de turbidez, causando a morte de peixes em alguns casos’’, disse a Médica Veterinária.
Além disso, as temperaturas muito altas registradas nos meses de verão também influenciaram a temperaturas das águas. Cada espécie de peixe apresenta uma temperatura ideal para o desenvolvimento, geralmente entre 20 e 30°C. Peixes em excesso aumentam a competição por oxigênio, agravando o problema em épocas de seca, com a diminuição dos níveis de água.
A melhoria da qualidade da água se faz através da utilização de aeradores e também pela renovação de parte da água do açude, o que não foi possível em virtude da estiagem.
Ainda segundo Manoela, para fornecer alimentação é importante observar a qualidade da água, pois pode haver diminuição do consumo. O excesso de ração fornecida, além do desperdício, compromete a qualidade da água, podendo aumentar os níveis de amônia e nitrito, prejudiciais ao desenvolvimento dos peixes. Por isso, muitos produtores acabaram diminuindo a alimentação dada aos peixes para não alterar ainda mais a qualidade da água. Consequentemente, muitos produtos acabaram optando por não realizar a despesca no momento.
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