A colheita da soja está em fase inicial. É o que aponta a Emater do Município de Cerro Largo. Segundo Carla Daniele Sausen, Engenheira Agrônoma, as primeiras áreas foram colhidas na últimas semanas e representam cerca de 5% do total da área prevista.
Em sua maioria, essas áreas foram implantadas logo no início do zoneamento agrícola que iniciou no dia 11 de outubro do ano passado. Embora essas áreas sejam as primeiras a serem implementadas, a duração do ciclo varia devido à variedade, o clico e as condições climáticas. Em média, os ciclos da cultura variam de 90 a 159 dias, sendo a média 129 dias.
RENDIMENTO
Em média, o rendimento das lavouras é baixo, ficando em torno de 10 a 20 sacas por hectare. Segundo a Emater, esse resultado é reflexo das chuvas irregulares e mal distribuídas dos últimos meses. ‘‘Na região da Taquarussu, Tremônia e Poço Preto, por exemplo, ocorreram chuvas mais localizadas’’, disse a Técnica Carla ao destacar a disparidade na distribuição das chuvas.
Não se descarta números maiores de rentabilidade, principalmente em localidades que receberam mais chuva. Porém, considerando a área total de soja no Município, de 4.700hectares, a média não deverá ultrapassar os números citados anteriormente.Além disso, o tipo de solo e o manejo dele também determinam os números da safra.
MOMENTOS CRÍTICOS
A soja, possui momentos críticos que demandam um volume maior de chuva. Um deles é logo na semeadura. Nesse período, umidade adequada garante a germinação e o estande de plantas necessário.
Outro momento é durante a florada e enchimento de grãos. Segundo Carla, a escassez nesses períodos comprometem a rentabilidade, o que afeta diretamente a quantidade colhida pela produtor.
Na floração, é comum a queda das flores em detrimento da seca. Além disso, no caso dos grãos, ocorre a sua má formação, diminuindo também de tamanho e o peso.
PRÓXIMAS CHUVAS NÃO VÃO MUDAR OS NÚMEROS DA SAFRA
Carla evidencia que as próximas chuvas não vão alterar o cenário. Segundo ela, as perdas estão consolidadas. ‘‘No Município, as perdas são de 60%, considerando a referência inicial que seria de 55 sacas por hectare’’, disse em entrevista.
Apesar de não mudar os números, as próximas chuvas ainda poderão ajudar no desenvolvimento dos grãos e até aumentar a rentabilidade de algumas áreas mais tardias. Para que isso aconteça, é necessário que as chuvas se tornem mais regulares nas próximas semanas. ‘‘Vai amenizar a perda, mas não vai resolver o problema’’, acrescentou.
PROAGRO
Diante da frustração, muitos produtores têm recorrido ao Proagro. Até o início desta semana, chegaram até o Escritório da Emater cerca de 10 pedidos. Para o encaminhamento, é necessário ter perda de pelo menos 30% na lavoura e a receita obtida não ser suficiente para cobrir o custeio. Esse número tende a aumentar, levando em conta que muitas áreas ainda serão colhidas futuramente.
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