A estiagem já causou perdas de mais de R$ 5,6 bilhões aos municípios do Rio Grande do Sul. A cifra bilionária, que ainda deve crescer se a falta de chuva persistir, foi levantada pela Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) junto a 123 cidades atingidas.
É o quarto ano seguido de escassez hídrica no Estado com efeitos severos para a economia. A maior parte do prejuízo relatado vem da agricultura — onde as perdas somam R$ 4,3 bilhões.
Na pecuária, são R$ 1,3 bilhão, com danos principalmente na terminação dos rebanhos que vão para abate e na produção leiteira. Além da água escassa, o tempo seco faz rarear o pasto e os grãos que servem para alimentar os animais.
Fora do campo, há também efeitos imediatos à população, com redução de água para consumo. Conforme o levantamento, são R$ 10,6 milhões gastos pelos municípios com transporte de água para manter o abastecimento de caminhões-pipa e aquisição de reservatórios.
O quadro é monitorado pela área técnica de agricultura da Famurs, com base nos dados informados pelas cidades aos órgãos de Defesa Civil e ao Sistema Integrado de Informações sobre Desastres.
Salerno diz que a entidade vem cobrando do governo do Estado maior celeridade na liberação de recursos para perfuração de poços. Os investimentos para este fim somam R$ 66,7 milhões dentro do Avançar da Agropecuária. Outros R$ 21 milhões vêm do Avançar da Secretaria de Obras Públicas.
Neste momento, o presidente da Famurs diz que os municípios estão recebendo pagamentos do Avançar destinados a microaçudes. A entidade também vem solicitando ao Piratini a implementação de uma linha de crédito a juro zero para aquisição de equipamentos de irrigação, voltada sobretudo para a agricultura familiar.
Nesta segunda-feira (30), eram 189 decretos de emergência no Rio Grande do Sul por causa da estiagem. Desses 92 já foram homologados pelo Estado e outros 74 foram reconhecidos pela União.
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