Para tentar desatar esses nós e reduzir os ruídos, o próprio Lula desembarca em Brasília esta semana e deve assumir a coordenação da articulação política a fim de que o futuro governo consiga aprovar a proposta que garantirá os compromissos feitos na campanha.
A entrada do presidente eleito em campo, adiada em função da Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27) e de uma cirurgia na garganta, agora é vista como fundamental por interlocutores da transição. Se antes Lula foi poupado porque o PT julgava simples a aprovação da PEC, o engano foi percebido, e agora, o petista se torna central, tanto para acalmar os mercados, demonstrando que seu compromisso com o social estará combinado com a responsabilidade fiscal, quanto para a construção das pontes com o Congresso que faltam, para que o novo governo possa levar em frente seu programa e construir uma base.